A Justiça de São Paulo decidiu tornar ré a jornalista brasiliense Patrícia Lélis, de 23 anos. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Em 2016, a moça havia acusado o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de tentativa de estupro, mas acabou sendo denunciada pelo Ministério Público por falsa comunicação de crime e extorsão do então chefe de gabinete do parlamentar, Talma Bauer.
Patrícia tinha sido indiciada em agosto de 2016. Ela fez um boletim de ocorrência acusando Bauer de tê-la ameaçado com uma arma e a mantido em cárcere privado em São Paulo. A ação, segundo Patrícia, era para obrigá-la a gravar depoimentos inocentando o deputado Feliciano da acusação de tentativa de estupro.
Com base nesta denúncia, Bauer chegou a ser detido para averiguações, mas foi liberado logo em seguida. Segundo a Folha de S. Paulo, o delegado do 3.º DP, Luís Roberto Hellmeister, sustentou que Patrícia não foi forçada a gravar os vídeos.
O assessor do deputado acusou a moça de extorsão. Bauer diz que deu R$ 20 mil para Patrícia. A jovem nega todas as acusações e diz que isso faz parte de um processo para desmoralizá-la e enfraquecer o processo por tentativa de estupro que corre em Brasília.
Patrícia disse também que a polícia foi contra ele pelo fato de Bauer ser ex-policial. Ela ainda reclama do tratamento que recebeu na delegacia, onde teria sido xingada de “vagabunda”. Por seu lado, o delegado afirma que conheceu o chefe de gabinete de Feliciano antes do início do caso e que as acusações de Lélis são “inverdades”.
Já o deputado Marco Feliciano nega a acusação de tentativa de estupro. Ele gravou vídeos negando agressão a Lélis. O deputado sustenta que o caso é “uma grande farsa” e a “verdade virá à tona”. É esperar para ver.