O vereador e presidente da CPI do Transporte Coletivo, Jorge Bernardi, propôs a devolução de R$ 300 milhões por parte das empresas que operam o sistema de transporte em Curitiba e também da Urbs, que gerencia as operações. De acordo com o parlamentar, o dinheiro foi recolhido indevidamente e deve retornar aos cofres públicos.
Com base no relatório da CPI, apresentado no final de novembro, o vereador pede também a licitação das atuais empresas seja suspensa imediatamente por suspeita de fraude e sonegação fiscal. Segundo o Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp), o valor arrecadado pelas empresas tem como “contrapartida um serviço prestado à população com zelo, denodo e com o menor custo”.
Bernardi afirma que a única forma de “normalizar” a precificação da passagem do transporte em Curitiba seria a redução de R$ 0,43 da tarifa técnica a partir do próximo reajuste, que deve ser acertado ainda em fevereiro, já que o mês é a data-base de motoristas e cobradores. “Cada centavo cobrado pela atual tarifa do transporte público de Curitiba corresponde a R$ 3,1 milhões a mais por ano para as empresas. Os R$ 0,43 na tarifa técnica representam que os usuários do sistema de ônibus foram lesados em R$ 130 milhões. Somando-se a este valor superfaturado na tarifa, nos últimos três anos, desde que a licitação foi efetuada, nas administrações Richa/Ducci, significa que a população curitibana teve um prejuízo de mais de R$ 300 milhões de reais”, explica o vereador em nota enviada à imprensa.
Segundo Bernardi, o valor pdoeria ser devolvido à população depositando o valor devido no cartão-transporte de cada usuário do transporte coletivo ou ainda fazendo com que os R$ 300 fossem abatidos da passagem. “Geralmente, em uma decisão como esta, a Justiça beneficia todo mundo”, afirma o presidente da CPI.
A Urbs foi procurada pela reportagem, mas afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar a respeito.