O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou hoje que o Brasil tenha batido o martelo a respeito da origem dos caças que serão comprados pelo País. Segundo informação veiculada hoje pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o governo já teria se decidido pela aeronave francesa, o Rafale. “Não está nada definido, pois o procedimento não foi finalizado”, disse o ministro, durante o balanço dos três anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “A notícia não tem fundamento.”
De acordo com o jornal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Jobim definiram a compra do Rafale depois que a empresa reduziu o preço do pacote de aviões de US$ 8,2 bilhões para US$ 6,2 bilhões. Em comunicado, o Comando da Aeronáutica informou que não recebeu qualquer comunicação oficial sobre o vencedor do processo de seleção dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
No fim de dezembro, o Comando da Aeronáutica se reuniu e fez um relatório técnico com critérios de pontuação, colocando à frente da concorrência o caça sueco Gripen, fabricado pela Saab. Mas tanto Jobim quanto assessores do presidente Lula alegam que a Estratégia Nacional de Defesa é que deve estar à frente dessa decisão – cuja prioridade é a transferência de tecnologia. No cálculo do Planalto, o Rafale seria, então, o avião mais adequado.