O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta sexta-feira (23) que espera que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, "reveja sua oposição ao ingresso de seu país no Conselho Sul-americano de Defesa". A Colômbia e o Uruguai são as únicas ausências, por enquanto, nesse novo Conselho, a ser criado hoje, durante a Reunião Extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Brasília. O encontro de 12 chefes de Estado da América do Sul será aberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
"Quem quer participar, participa. Quem não quer, não participa", afirmou o ministro, que foi o principal articulador da criação desse mecanismo, voltado para a discussão de segurança regional, solução de controvérsias, cooperação em várias áreas militares e até produção conjunta de armamentos.
Segundo Jobim, a única oposição concreta ao novo Conselho veio da Colômbia. Apesar de não ter conseguido tratar do tema com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, Jobim mostrou-se otimista em relação à adesão desse país. Questionado sobre a reação negativa da oposição ao governo uruguaio à idéia, Jobim respondeu de forma lacônica: "Oposição é oposição.