Eleito na tarde de hoje presidente do Conselho de Ética do Senado, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) disse que exercer o cargo “é o mesmo que cortar na própria carne, nos momentos mais difíceis em que temos de julgar os colegas”.

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Ele rebateu as críticas de ter engavetado os processos nas duas outras vezes em que comandou o conselho. “Eu não engaveto nada, para engavetar tem de ser o plenário do Senado”, alegou, repassando para os demais senadores o resultado final dos julgamentos pela quebra do decoro parlamentar.

O senador disse que se considera “equilibrado” e alvo de “muita credibilidade” no comando do conselho. “Nunca açodei nos processos, eu não açodo, mantenho o equilíbrio na minha gestão do conselho”, afirmou. Sobre o andamento que dará à representação do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal contra o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que arrancou o gravador das mãos de um jornalista, João Alberto disse que só vai se pronunciar depois de conhecer a denúncia.

O Conselho de Ética foi reativado após ficar quase dois anos sem funcionar. No retorno, foi dada como lida a ata da última reunião, realizada em agosto de 2009. O senador Jayme Campos (DEM-MT) foi eleito vice-presidente no lugar do líder do PTB, Gim Argello (DF), inicialmente escolhido, mas que depois disse ter desistido do cargo.

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O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), não quis falar sobre o fato de ocupar uma das vagas de titular do conselho. Alegou que não há “novidade” no fato, uma vez também era membro do órgão nas outras legislaturas.