Após almoçar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi ao Palácio do Jaburu para conversar com o vice-presidente Michel Temer. No encontro, que durou cerca de 20 minutos, Wagner quis “medir a temperatura do PMDB”, que tem convenção marcada para o próximo sábado, 12.

continua após a publicidade

O temor do governo é que o acirramento da crise política possa antecipar um desembarque do principal partido da base aliada. Segundo fontes, o vice-presidente afirmou ao ministro que o PMDB “não deve romper com o governo”.

continua após a publicidade

O Palácio do Planalto acendeu um sinal de alerta com a convenção nacional do PMDB, pois, além de já prever que a ala oposicionista do partido fará discursos inflamados contra o governo da presidente Dilma Rousseff, há o temor de que o partido coloque em votação as diversas moções que serão apresentadas de pedido de afastamento do governo. O Planalto acha que, se conseguir barrar as moções, evitará um desgaste e a ruptura com o partido.

continua após a publicidade

A presidente Dilma Rousseff, apesar de ter feito um discurso público ontem pregando “diálogo e unidade”, até agora, segundo interlocutores, não se programou para conversar com o vice. A princípio, ela não está cogitando conversar, mas há ministros no Planalto que defendem que ela procure Temer para azeitar o entendimento entre eles.

Uma fonte ligada ao vice-presidente disse ontem que a tendência de desembarque é “crescente” e que hoje as chances são “de 60%” de uma moção ser aprovada pela independência do PMDB.