Jaques Wagner obtém vitória tripla na Bahia

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), conseguiu uma vitória tripla na eleição deste domingo. Além de conquistar a reeleição com margem mais ampla do que a revelada em todas as pesquisas ao longo da campanha – até as 21 horas, com 80,87% dos votos apurados, tinha 63,44% dos votos válidos -, conseguiu eleger os dois candidatos ao Senado de sua chapa, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB). E também de forma mais tranquila do que previam as pesquisas.

Segundo as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na noite anterior ao pleito, Wagner teria, respectivamente, 61% e 58% dos votos válidos – e, logo depois de votar, ainda durante a manhã, o governador disse que deveria ter uma “liderança mais folgada” por causa do trabalho de boca de urna da militância de seu partido. “Nossa militância é muito forte”, avaliou.

Fenômeno semelhante ocorreu com Pinheiro e Lídice. Depois de passar a campanha toda pregando o “voto casado” – a tese foi seguida até hoje, quando os candidatos estiveram ao lado de Wagner, na votação do governador, e depois seguiram, em dupla, para os locais de votação de cada um -, eles tiveram votações muito próximas dos eleitores (30,86% para o petista e 29,06% para Lídice, segundo balanço divulgado às 21 horas).

Ao fim, conseguiram desbancar o senador César Borges (PR), que concorria à reeleição e liderou as pesquisas durante praticamente toda a campanha – às 21 horas, tinha apenas 13,03% dos votos. “Não é uma vitória dos candidatos, mas de um projeto político”, avalia Lídice.

Segundo Wagner, a eleição representa a conquista de uma “hegemonia” no Estado. “Sempre haverá oposição e é bom que seja assim, mas minha alegria é que a gente conseguiu uma hegemonia de pensamento”, afirma. “Essa hegemonia é maior do que a simples maioria, de metade mais um. E envolve pessoas de todas as áreas, que ouvimos ao longo de nosso governo.”

Segundo mandato

O governador afirmou que vai descansar nesta segunda-feira e, a partir de terça, voltará a despachar normalmente. “É uma reeleição, então daremos continuidade”, informou, sem dizer se há mudanças previstas para o segundo mandato. “A partir de terça-feira, voltarei a despachar na governadoria e vamos ter três meses para avaliar possíveis alterações (no governo).”

O candidato que ficou em segundo lugar, o ex-governador Paulo Souto (DEM), com 16,39% dos votos válidos até as 21 horas, acusou o governo estadual de usar a máquina administrativa para garantir a reeleição. “Nós tivemos perdas importantes, no interior do Estado, de bases políticas que não resistiram à cooptação do governo”, disse. “Em seis meses, o governo investiu, em convênios, mais do que havia investido nos três anos anteriores. Isso foi feito cirurgicamente.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna