“O que é isso?”, indagou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, nesta terça-feira, 13, por meio de seu Twitter, ao comentar a Operação Pão Nosso, desdobramento da Lava Jato no Rio. “Os tentáculos parecem não ter fim!”, seguiu Janot.

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Pão Nosso foi deflagrada contra crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio (SEAP). O ex-secretário da Pasta, César Rubens Monteiro de Carvalho, foi preso sob acusação de permitir irregularidades na contratação de uma empresa para fornecimento de pãezinhos para detentos.

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O diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio, delegado Marcelo Luiz Santos Martins, também foi preso preventivamente.

Segundo a manifestação do Ministério Público Federal (MPF), Marcelo e seu pai, Carlos Mateus Martins, que também foi alvo de prisão preventiva, atuaram no esquema por meio da empresa Finder Executive Consulting, em que são sócios.

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A empresa teria ajudado a lavar dinheiro oriundo do esquema de fraudes em contratos de fornecimento de alimentação (quentinhas, café da manhã e lanches) para os mais de 50 mil presos do Estado.

Nas redes. Janot tem usado bastante o Twitter para repercutir a Operação Lava Jato. No sábado, 11, ele criticou o lapso de seis meses sem novos acordos de delações firmadas por sua sucessora, Raquel Dodge. “Vai ser assim?”.

Depois, questionou encontro da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, com o presidente Michel Temer, neste fim de semana. “Causa perplexidade que assuntos republicanos de tamanha importância sejam tratados em convescotes matutinos ou vespertinos”, escreveu o ex-chefe do Ministério Público Federal.

O encontro de sábado foi marcado por Temer na quinta-feira, 8, durante seminário de 25 anos da Advocacia-Geral da União. Cármen o recebeu em sua casa para discutir segurança pública, especificamente a intervenção federal no Rio e o caos nos presídios brasileiros.

O ex-diretor-geral da PF, Fernando Segovia, também já foi criticado por Janot, desde a sua posse, quando questionou a “materialidade” da mala dos R$ 500 mil da JBS ao ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, como prova em investigação.

“Só pode ser brincadeira”, disse.