A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), da Assembleia Legislativa de São Paulo, saiu em defesa do auditor Roberto Leonel na presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Em sua conta no Twitter, a parlamentar mais votada da história de São Paulo, com 2 milhões de votos nas eleições de 2018, observou que “as críticas do chefe do Coaf à decisão do ministro Toffoli foram de ordem técnica”.

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“Estranho seria não criticar”, postou Janaína. “Afastá-lo por isso será um erro.”

Leonel criticou a ordem de Toffoli em entrevista ao Estadão, publicada na semana passada. Ele falou sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou suspender todos os inquéritos e todas as ações que contenham dados compartilhados pelo Coaf sem autorização prévia da Justiça. A decisão de Toffoli foi tomada no âmbito de um pedido da defesa do filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, senador, alvo de investigação do Ministério Público estadual do Rio.

As críticas de Roberto Leonel teriam provocado desconforto no governo e descontentamento de Bolsonaro.

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Na avaliação de Roberto Leonel, que é auditor da Receita e assumiu o cargo no início do governo Jair Bolsonaro por sugestão do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), a ordem de Toffoli tem uma consequência. “O sistema de combate à lavagem de dinheiro no País está comprometido.”

Leonel disse, em entrevista exclusiva ao repórter Breno Pires, do Estadão, que “há impactos concretos no trabalho do Coaf”.

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Em sua conta no Twitter, diante dos rumores de queda do presidente do Coaf, Janaína mandou um recado a Bolsonaro.

“O Presidente precisa lembrar que nós não o elegemos apenas pela pauta dos costumes. Nós o elegemos para seguir com a depuração do país.”