O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), estava reunido no início da tarde desta terça-feira, 13, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e outros integrantes da corte. Segundo auxiliares de Rosa, a visita ao TSE é de cortesia e tem caráter institucional.
Acompanham a audiência no gabinete de Rosa Weber o vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, e os ministros Edson Fachin, Og Fernandes, Tarcísio Vieira, Jorge Mussi e Admar Gonzaga – todos integrantes da composição titular do tribunal.
Os ministros substitutos do TSE Sérgio Banhos e Luís Felipe Salomão também estão presentes. Do lado de Bolsonaro, vieram o advogado Gustavo Bebianno (cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência) e o general Hamilton Mourão (PRTB), futuro vice-presidente da República.
Logo após a confirmação do resultado do segundo turno, Rosa telefonou para Bolsonaro, parabenizou o deputado federal pela vitória nas urnas e o convidou para visitar o edifício-sede do TSE.
Durante a campanha eleitoral Bolsonaro entrou em rota de colisão com o TSE, ao lançar suspeitas de fraude sobre o sistema das urnas eletrônicas e insistir na defesa do voto impresso.
Falhas
Na segunda-feira, 12, a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) finalizou parecer em que apontou uma série de irregularidades e indícios de omissão de gastos eleitorais na prestação de contas da campanha vitoriosa de Bolsonaro à Presidência da República.
A Asepa identificou um total de 23 falhas, como indícios de recebimento indireto de doações de fontes vedadas, ausência de detalhamento na contratação de empresas e comprovação de serviços efetuados e até mesmo informações divergentes entre os dados de doadores constantes da prestação de contas e aquelas que constam do banco de dados da Receita Federal.