Em um momento raro em sua atuação recente como senador, um dos caciques do PMDB, Jader Barbalho (PA) pediu a palavra na tribuna do Senado para falar em defesa de Michel Temer. O senador alega que setores da sociedade querem derrubar Temer e têm como candidato à presidência o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Além de pertencer ao mesmo partido do presidente, Jader possui um filho ministro, Hélder Barbalho, que coordena a pasta da Integração Nacional. “Não queria intervir nesse quadro nacional que aí está, mas, me desculpem, o meu limite acabou. Eu entendo que está em curso um processo para derrubar o presidente Michel Temer”, afirmou.

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O peemedebista disse que o movimento parte da grande mídia, aliada a setores do sociedade que querem antecipar as eleições de 2018 e aprofundar a crise, provocando a renúncia de Temer. Ao dizer que tem todo o respeito pela oposição e por figuras importantes do PSDB, afirmou que aqueles que querem a queda de Temer articulam a posse do tucano Fernando Henrique Cardoso. “Com respeito a tantas figuras importantes do PSDB, mas a grande mídia e esses setores que querem derrubar o presidente da República já têm candidato: o candidato é o ex-presidente FHC”, afirmou.

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O senador também criticou os vazamentos recentes de delações, que envolveram os mais diversos parlamentares na Lava Jato, além de apontarem também o envolvimento de Michel Temer. “Não posso aceitar que delações que sequer foram confirmadas e juridicamente aceitas possam ser divulgadas como verdade definitiva”, afirmou Jader.

Ele criticou a resistência da opinião pública e do Ministério Público com o projeto que a atualiza a Lei de Abuso de Autoridade e saudou o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é o relator do projeto. “Agora parece que temos Robespierres modernos neste País, que resolvem estabelecer a lei da guilhotina penal, antecipada, sem direito de julgamento”, disse em referência a um dos principais nomes da Revolução Francesa. Jader relembrou, entretanto, que ao fazer uso da guilhotina sem julgamento, Robespierre assinou seu destino, sendo também guilhotinado anos depois, quando a revolução se voltou contra ele mesmo.