O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta tarde que as dificuldades regionais entre o PT e o PMDB podem atrapalhar a aliança nacional dos dois partidos, apesar do acordo de cúpula fechado no mês passado.
A direção nacional do PMDB formalizou apoio à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e obteve a garantia de indicar o candidato a vice-presidente. A união precisa ser aprovada em convenção nacional, marcada para junho do ano que vem.
“O problema do PMDB é a questão dos diretórios regionais. É muito claro que o envolvimento dos diretórios regionais está ligado à capacidade de agregação de votos da candidatura nacional ao candidato local. E em alguns locais os candidatos são exatamente do PMDB de um lado e do PT de outro. Isso vai dar problema”, previu o ministro.
Jobim ressaltou, porém, que não vai se envolver nos problemas de seu partido porque não é candidato “a nada” nas eleições de 2010. Ele disse que “em princípio” pretende ficar no ministério até o fim do governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Se bem que o ministro em um regime presidencialista fica até quando o presidente quiser”, brincou.
O ministro gravou um depoimento para a Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela manhã e tem compromissos à tarde e à noite com o ministro da Defesa francês, Hervé Morin.