Irmão de ministro Geddel é citado em investigação na Bahia

O inquérito da Polícia Civil baiana sobre a investigação para desvendar um suposto esquema de corrupção na concessão de linhas de transporte rodoviário intermunicipal na Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) cita entre os envolvidos o nome do presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, irmão do ministro da Integração Nacional, Geddel vieira lima.

De acordo com o relatório, elaborado a partir de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, Lúcio seria o personagem escondido, nas conversas gravadas, por pseudônimos como “gordo”, “gordinho” e “gordo jovem”.

Lúcio diz ser “uma injustiça” ser apontado como participante no esquema, por não ter sido flagrado em nenhuma conversa, e volta a apontar viés político na investigação, como fizeram colegas de partido. “Não sou o único gordo da Bahia.”

A investigação policial culminou com a prisão, ontem, de sete pessoas, entre elas o ex-diretor-executivo da Agerba, Antônio Lomanto Netto – indicado por Geddel ao cargo. Ele seria o comandante do esquema, no qual seriam cobradas propinas para a concessão de linhas intermunicipais sem licitação. Lomanto Netto deixou a direção do órgão em agosto, depois que PMDB e PT romperam relações no Estado.

Todos os detidos foram liberados na noite de ontem, por liminar expedida pela juíza da 1ª Vara Criminal de Salvador, Leonildes Bispo dos Santos Silva, que revogou os mandados de prisão temporária dos suspeitos.

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