O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) determinou ao governo que retire a tela de nylon instalada na varanda do Palácio da Alvorada para evitar acidentes com o filho mais novo do presidente Michel Temer, Michelzinho, de sete anos.

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A rede foi instalada no final do ano passado, quando Temer decidiu se mudar do Palácio do Jaburu para o Alvorada. O presidente, no entanto, “não gostou” da residência oficial e ficou lá com a família apenas uma semana.

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Enquanto aproveitava o carnaval na Bahia, no fim de fevereiro, mandou que fosse feita a mudança de volta. Ao desembarcar em Brasília, retornou para o Jaburu, onde mora desde que assumiu a Vice-Presidência, em 2011.

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Como a tela foi colocada para segurança do menino, passou a ser desnecessária. Não há previsão de quando vai ocorrer a desinstalação. Michelzinho se perdia no Alvorada, nos dias em que viveu lá. O Palácio tem 400 mil metros quadrados de área.

O diretor de Documentação Histórica do gabinete presidencial, Antônio Lessa, considera a polêmica “sem sentido”. Segundo ele, “a tela de proteção é móvel e, sendo assim, ela poderia ser retirada mesmo que o presidente estivesse morando lá. Por exemplo, em caso de algum evento especial com uma autoridade estrangeira”.

“Se o presidente tiver de ocupar o Palácio do Alvorada, para qualquer situação, se o filho voltar para lá, a rede será colocada de novo. É uma medida de segurança. Se nós protegemos até nossos gatos, que dirá os nossos filhos?” Para Lessa, a instalação da rede “não altera a arquitetura do Palácio”, por ser removível.

A instalação da tela foi autorizada “em caráter temporário” pelo Iphan em outubro do ano passado, com a condição de que “nenhum elemento de fixação” utilizasse “as superfícies revestidas em pedra (mármore)”.

A área onde foi instalada a tela fica no segundo andar do Alvorada, na parte íntima do Palácio.