O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminha hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) documentos sobre organização criminosa envolvida em esquema de fraudes a licitações de 11 prefeituras. Trechos da investigação citam o governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB).

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Oficialmente, Gaguim não é alvo da apuração nem é acusado – governador detém foro privilegiado no STJ -, mas seu nome é mencionado nos autos do Núcleo Campinas do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil, prendeu oito suspeitos.

O alvo principal da força-tarefa é o lobista Maurício Manduca, amigo de Gaguim e sócio de um cunhado do governador, o empresário Duda Rodrigues, em uma boate que será inaugurada no Shopping Capim Dourado, em Palmas (TO). Duda é irmão da primeira-dama Rose Amorim.

Entre 15 e 27 de abril, Manduca integrou comitiva de Gaguim em missão oficial à China e aos Estados Unidos. A promotoria apurou que o lobista e o empresário José Carlos Cepera, suspeito de compor a cúpula da organização criminosa, mantêm negócios com a gestão do peemedebista. Cepera e Manduca estão presos.

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Defesa

A Secretaria de Comunicação do Tocantins informou que Gaguim “desconhece as denúncias e não há qualquer possibilidade de seu nome estar envolvido no suposto esquema”. “O governador é um gestor que recebe em audiências, costumeiramente, diversos empresários, do País e do mundo, interessados em investir no Tocantins, dadas as potencialidades e a política de incentivos fiscais que o governo oferece aos investidores”, diz nota da assessoria.

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“Não há negócio ilícito, de qualquer natureza, entre o governo e os citados”, prossegue a assessoria. “Por se tratar de um ano eleitoral, o governo do Estado vê nas denúncias a tentativa de seus adversários políticos de denegrir a imagem do governador, principalmente porque ele lidera todas as pesquisas de intenções de voto e tem realizado uma campanha limpa, transparente e em obediência à legislação eleitoral.”