Os oito funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Curitiba exonerados na semana passada devem ser ouvidos em breve. A informação é do ex-chefe de Arrecadação, Sérgio Gavassi Bilotta, que espera ver entre hoje e amanhã o processo que o afastou de seu cargo. “A gente sequer saber o motivo das denúncias, da exoneração”, defendeu-se Bilotta. Segundo ele, nenhum dos oito funcionários havia sido citado até ontem.
Segundo o ex-chefe de Arrecadação, Curitiba ocupa entre a 6.ª e a 7.ª posição entre as 102 gerências do Brasil que mais arrecadam. “A gerência de Curitiba é superavitária”, diz Bilotta, contradizendo as denúncias de que fiscais não recolheriam os débitos de empresas citadas no processo. Por gênero de fiscalização, Curitiba arrecada cerca de R$ 165 milhões por mês, enquanto por localização, R$ 185 a R$ 190 milhões/mês.
Os funcionários exonerados são acusados de envolvimento em suposto esquema de fraude, envolvendo dez empresas do Estado e um rombo de R$ 24 milhões, podendo chegar a R$ 168 milhões. Na sexta-feira de manhã, auditores fiscais da Previdência Social se reuniram com o ministro Ricardo Berzoini e solicitaram que a investigação do suposto esquema de fraude seja agilizada para não causar prejuízos ainda maiores aos funcionários do INSS. “Eles (os funcionários exonerados) têm o direito de se defenderem no curso do processo”, aponta o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Previdência Social do Paraná (Sinfispar), João Alfredo Franco Samways.