O deputado federal Indio da Costa (DEM), candidato à Vice-Presidência na chapa de José Serra (PSDB), considerou o acesso a dados fiscais de pessoas próximas à campanha tucana por terceiros como “pior que Watergate”, durante conversa hoje com jornalistas em Porto Alegre. O escândalo de espionagem política citado por ele levou o ex-presidente norte-americano Richard Nixon à renúncia, em 1974.

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Sem citar nomes, mas dando a entender que acredita que o PT tem responsabilidades nos episódios, Indio da Costa afirmou que a Receita e o governo federal estão “aparelhadíssimos” e partiu para as acusações. “Eles não fizeram só na Receita Federal, eles estão usando a máquina pública sem nenhum tipo de cerimônia”, afirmou.

“A quantidade de pessoas que colocaram nas estatais, nos ministérios, chega a ser um absurdo de tão grande”, prosseguiu, para perguntar: “Afinal de contas, a Receita tem que trabalhar para quem? Para um partido político ou para a sociedade brasileira?”.

O candidato esteve na capital gaúcha para participar de um ato político de mobilização de vereadores da campanha de Yeda Crusius (PSDB), candidata à reeleição. Pouco antes da entrevista, a tucana já havia qualificado o mesmo caso como “Receita Federal Gate” e criticado “a quebra do direito do sigilo fiscal por aparelhos incrustados dentro da Receita Federal”.

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Em seu discurso aos cerca de 500 apoiadores de Yeda, Indio da Costa disse que a virada da campanha, que está atrás nas pesquisas, se dará com a mobilização das pessoas para levar a eleição ao segundo turno quando. Ele convidou os simpatizantes a se cadastrarem no site da campanha para trabalharem como voluntários e previu a inscrição de um milhão de pessoas até o dia 3 de outubro.