Indicado para a Anac, genro de líder do PMDB ignora relação e destaca experiência

Em sua exposição inicial durante sabatina na Comissão de Infraestrutura do Senado, o advogado Ricardo Fenelon Junior, indicado para ocupar um cargo na diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), procurou destacar que tem experiência na área e não mencionou o fato de ser genro do líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE).

Em sua fala, Fenelon agradeceu a indicação da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Ele leu um texto no qual elencou alguns pontos da sua trajetória profissional, como o fato de ter sido estagiário na Anac e ter atuado como mediador de conflito entre passageiros e companhias aéreas no aeroporto de Brasília.

“Eu entendo, como muita humildade, que possuo experiência para assumir o cargo de diretoria da Anac”, afirmou ao final da sua exposição.

O fato de Fenelon ter apenas 28 anos e ser uma indicação política tem sido muito questionado por entidades da área. A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (Appa) enviou uma carta aberta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pedindo que a Casa rejeitasse tanto o nome do genro de Eunício, quanto do outro indicado, José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz. Para a entidade, os dois não têm experiência nem conhecimentos técnicos sobre aviação.

Aliado de Eunício, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que ficou “admirado” com a experiência de ambos. Após a sabatina, a comissão irá deliberar se aprova ou não os nomes dos indicados. Os dois ainda terão que passar pelo crivo do plenário do Senado.

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