O jurista Luiz Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF) é uma “escolha acertada” do Palácio do Planalto, que “reflete os desafios sociais em jogo neste momento histórico”. Essa é a avaliação do analista político Gabriel Petrus, ex-assessor da Casa Civil e ex-aluno do próprio Fachin na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Fachin é um jurista independente e, como professor titular da UFPR, formou gerações de advogados, juízes e pensadores do direito. Num momento em que a sociedade brasileira levanta debates para a ampliação dos direitos de quarta geração – das questões de gênero à participação política – sua visão crítica para temas sociais preenche um espaço importante nas discussões jurídicas do país”, comentou Petrus.
“É luz e ar no STF. Escolha acertada da presidente Dilma que reflete os desafios sociais em jogo neste momento histórico”, disse o ex-aluno de Fachin, com quem teve aulas sobre direito civil na UFPR em 2009.
O nome de Fachin foi confirmado oficialmente em nota às 20h23 pela Presidência da República, depois de audiência do jurista com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Dilma havia se reunido antes com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Confrontado com uma série de retaliações da base aliada, o Planalto sabe que qualquer nome que viesse a ser indicado dependeria do aval prévio de Renan.
Antes da oficialização da indicação, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que, por parte do PMDB, “não há nenhuma objeção” ao nome de Fachin. Os dois se reuniram na semana passada.
“Não diria (que ele) fez campanha, ele (me) visitou. Como é que eu vou votar, encaminhar favoravelmente, sem sequer conhecê-lo? Ele veio, demonstrou muita capacidade, o currículo dele fala por ele”, afirmou o senador.