A insegurança jurídica sobre quem deve assumir a suplência de deputados que se licenciam para ocupar cargos no Executivo (se o “reserva” da coligação ou o do partido) está agitando não só a Assembleia Legislativa, mas, também, a Câmara Municipal de Curitiba. Primeiro suplente do DEM, o vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol Genivaldo Santos está ansioso para que o vereador Sabino Piccolo (DEM) assuma a vaga de suplente do secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral (DEM), hoje ocupada pelo vice da coligação, Duílio Genari (PP).

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Ao contrário de Gilberto Martin (PMDB), que deve tomar posse no lugar de Elton Welter (PT) na próxima segunda-feira, por efeito de uma liminar do Tribunal de Justiça do Paraná, que entendeu que a vaga é do partido e não da coligação, Piccolo não entrou na Justiça e fará Genivaldo aguardar mais. Como para assumir vaga de deputado estadual ele precisaria renunciar à Câmara, Piccolo avisou que aguardará uma decisão final do Supremo Tribunal Federal para requerer a cadeira.

“Eu até briguei com ele, fiquei chateado. Parecia que eu estava querendo mais que ele assumisse como deputado do que o próprio Sabino. Depois ele me explicou essa situação e eu compreendi. Espero que o Supremo não demore a decidir, já que todos os julgamentos prévios, até agora, foram nesse sentido”, disse Genivaldo. “Quando tivermos uma decisão no mérito, ele vai renunciar, pois sabe que o Durval está numa secretaria muito importante e não vai voltar para a Assembleia, pois da Casa Civil, ele vai para o Tribunal de Contas. Então, vale a pena”, disse.

Militante na associação dos moradores do Bairro Alto, Genivaldo Santos disputou sua primeira eleição em 2008, quando era presidente do Clube Atlético Bairro Alto, e obteve 5741 votos. Se chegar à Câmara, o aspirante a vereador promete atuar em favor do esporte amador e da comunidade de seu bairro, “onde fiz 95% dos meus votos e para quem devo satisfação”.

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