A imprecisão sobre o horário de votação da admissibilidade de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, no Senado pode frustrar ato político de parlamentares da base do governo no Planalto. Após a votação, senadores planejam caminhar do Senado até o Palácio do Planalto, do outro lado da rua. Entretanto, é possível que a votação entre pela madrugada, o que impossibilitaria a ação.

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Caso não seja possível, senadores querem participar de algum ato com a presidente amanhã, quando ela tiver de deixar o cargo. Eles entendem que é preciso “registrar” o momento de alguma forma e que o fato “não pode passar em branco”.

Uma opção seria descer ao lado de Dilma a rampa do Palácio do Planalto. Antes disso, entretanto, é preciso a concordância da própria presidente. Ontem, ela havia pedido para suspender a cerimônia de descida da rampa. Na avaliação do Planalto, a cena poderia ser interpretada como “entrega” do governo.

No momento, menos de dez senadores discursaram na sessão. Se todos os 68 inscritos falarem, é possível que haja ainda mais 15 horas de sessão.

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A assessoria técnica do Senado prevê que a votação em si aconteça apenas às 5 horas da manhã. Entretanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode encerrar a fase de discursos. Na terça, ele havia informado que gostaria de realizar a votação por volta das 22 horas.