A discussão sobre se a vaga de suplente no Legislativo pertence à coligação ou ao partido está longe do fim. No Paraná, no processo que deu a vaga para Gilberto Martin (PMDB), do partido do licenciado Luiz Cláudio Romanelli (secretário do Trabalho) no lugar de Elton Welter (PT), primeiro suplente da coligação, só voltará a ser discutida na próxima semana, quando o órgão especial do Tribunal de Justiça apreciará o agravo de instrumento movido por Welter contra a decisão liminar do desembargado José Aniceto.

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Em Brasília, cinco suplentes de partido já conseguiram tomar posse em decisão liminar de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não há ainda nenhuma decisão definitiva sobre a questão. Paralelamente, deputados agilizam uma Proposta de Emenda à Constituição para garantir que a regra das coligações prevaleça.

Enquanto isso, hipóteses curiosas passam a ser levantadas por conta do entendimento da Justiça comum de que os suplentes devem ser do mesmo partido que o licenciado e não apenas da coligação.

Eleito em coligação com o PSDB, DEM, PPS, PP, entre outros, o deputado Pastor Edson Praczyk obteve 50 mil votos na eleição do ano passado. Caso tenha que deixar o cargo ou se licenciar, pela legislação eleitoral, abriria vaga para o suplente de sua coligação, que hoje seria Bernardo Ribas Carli (PSDB), que obteve 33,6 mil votos, uma vez que o primeiro suplente, Duílio Genari (PP) já está ocupando a vaga de Durval Amaral (DEM), secretário-chefe da Casa Civil.

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Mas, com o novo entendimento de alguns ministros do Supremo e do desembargador Aniceto, a vaga ficaria com o segundo mais votado do PRB, que seria Gilson Pereira dos Santos, que recebeu, apenas, 1980 votos, sendo somente o 220º candidato mais votado do Estado.

Uma situação ainda mais curiosa pode ocorrer no Piauí, caso o terceiro deputado mais votado do estado, Robert Rios (PCdoB), com 52,8 mil votos decida ou precise deixar o cargo. A segunda mais votada do partido foi a candidata Patrícia, que recebeu nada mais que 30 votos.

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“É uma barbaridade, um desrespeito puro á vontade do eleitor. A Justiça está legislando e permitindo que distorções como está aconteçam”, disse Welter, que usará essa situação em sua argumentação.