A Igreja Universal do Reino de Deus agrupou no PRB, este ano, deputados federais que ajudou a eleger por outras legendas em 2006, inflando para oito parlamentares a bancada do partido na Câmara que disputará as eleições de 2010. Com as transferências, a Universal deixa a postura anterior, de manter parlamentares em siglas diferentes, para se concentrar em uma legenda.

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O presidente do partido, bispo Vitor Paulo dos Santos, não respondeu quando a reportagem lhe perguntou se a igreja ajudou no crescimento, limitando-se a afirmar que o PRB é “indiferente” à opção religiosa dos filiados.

“A Universal resolveu concentrar todo mundo no PRB”, conta um parlamentar evangélico que prefere não ser identificado. “Mas não tem legenda lá, eles sempre ganharam por outros partidos.”

Os novos deputados do PRB passaram por PMDB, PR, PAN e PSB. Mesmo tendo como seu filiado o vice-presidente José Alencar, o PRB elegeu em 2006 somente um deputado federal: Léo Vivas, da Universal do Rio de Janeiro.

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Até o início de setembro deste ano, a legenda conseguira três adesões de parlamentares sem ligações com a igreja. Um é seu líder, Cleber Verde (MA), da Assembleia de Deus.

Outro é Marcos Antônio (PE), cantor evangélico da Igreja Metodista. Ambos ficaram na bancada, como o deputado Léo Vivas. Walter Brito Neto (PB) trocou o DEM pelo PRB, mas, por causa da mudança, perdeu o mandato no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Até o fim do prazo para filiação, encerrado no mês passado, migraram para o PRB outros cinco deputados, todos ligados à Igreja Universal: Flávio Bezerra (CE), Márcio Marinho (BA), George Hilton (MG), Eduardo Lopes (RJ) e Antônio Bulhões (SP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.