A identificação biométrica falhou para 25% dos 8,1 mil eleitores da cidade paranaense de Balsa Nova que tiveram que ser identificados pelo método tradicional.
Isto se deveu à orientação da Justiça Eleitoral de partir para a solicitação de documento com foto nos casos de falha na primeira tentativa de identificação digital.
Para a juíza Nilce Regina Lima o sistema de identificação biométrica superou as expectativas, resultado que ela atribui ao teste simulado em 21 de agosto. Os problemas percebidos na ocasião foram corrigidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. Segundo a explicação da juíza, havia um conflito de configuração entre os dados do TSE e aqueles carregados nas urnas biométricas. Por isso a eleição simulada foi fundamental para a identificação e a correção dos problemas.
Balsa Nova, a 55 quilômetros de Curitiba, é uma das 33 cidades brasileiras onde a eleição teve o sistema de identificação digital do TSE. A novidade foi aprovada pelos eleitores, a maioria deles ligados a atividades agrícolas. Romulado Ianik, 79 anos, considerou muito fácil a votação este ano, ele que vota desde quando “as urnas eram de madeira”. Embora esteja desobrigado de votar, por causa da idade, Romualdo fez questão de ir às urnas para “ajudar a fazer um país cada vez melhor”.
O auxiliar técnico da Petrobras, Rafael Daniel, de 24 anos, viu na identificação digital uma garantia a mais da lisura do processo eleitoral. “Antes a gente ouvia falar que até morto votava, mas agora, com esse sistema, isso não vai ocorrer mais”, disse o eleitor.
Quem também aprovou o método foi a aposentada Joana Worcik, de 62 anos. Ela gostou tanto do sistema de identificação biométrica que pretende continuar votando mesmo depois de completar os 70 anos. “Foi tão fácil que farei questão de continuar votando enquanto eu tiver disposição para sair de casa”.
A professora Shirley Tavares, diretora da Escola Maria Luísa Franco, o local de maior concentração de eleitores em Balsa Nova, confirmou que só ouviu elogios ao novo sistema.