A deputada federal eleita Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou nesta sexta-feira, 18, que houve um “erro de comunicação grande” na viagem da bancada do partido à China, mas minimizou o eventual mal-estar que a decisão possa ter causado. Na quarta e na quinta-feiras, as críticas do filósofo Olavo de Carvalho sobre a viagem repercutiram nas redes sociais.

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Questionada pela Rádio Eldorado sobre o desconforto que a viagem do grupo possa ter causado, Carla Zambelli negou. “A gente não ouviu da boca do Bolsonaro nenhum desagravo. Em nenhum momento ele nos chamou a atenção. Se gerasse esse mal-estar que foi dito em algumas redes, acho que ele teria chegado até nós para conversar”.

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Segundo ela, o que houve foi uma “notícia torta” de que um sistema de reconhecimento facial seria levado para o Brasil. Carla explicou que se tratava do oferecimento de um projeto piloto para ser usado no Rio de Janeiro e “disseram que era para ser usado em todos os aeroportos”.

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“Não tem nada a ver com o que viemos fazer. Não viemos assinar nada. Jamais fecharíamos um acordo. Não temos poder, prerrogativa para isso e jamais faríamos o fechamento de negócio sem conhecer outros negócios em outros países”, disse.

Questionada sobre se não haveria incoerência em visitar um país comunista, a deputada eleita respondeu que não vê problema na decisão e enumerou dados sobre a parceria econômica entre Brasil e China. “Ele (Bolsonaro) tem dito que a questão comercial não pode passar por ideologia”, reforçou, usando uma frase que o presidente falou na transição de governo.

De acordo com Carla Zambelli, o presidente do PSL, Luciano Bivar, foi avisado da viagem. “Inclusive, ele foi o primeiro a ter contato com a embaixada da China”, afirmou.

Ela atribuiu ainda a eleição dela a Bolsonaro. “Ao Olavo eu devo o conhecimento que eu tenho. Todos nós brasileiros devemos ao professor Olavo. Devo sim, a ele, outras coisas. Mas a eleição, não”, complementou.