Dança dos partidos

Hinça e Marcelino aceitam o convite do PSD e deixam o PDT

O vereador Roberto Hinça é o primeiro parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba a aderir ao PSD, o novo partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e presidido pelo deputado Ney Leprevost na capital paranaense. Hinça confirmou a adesão a Leprevost em um almoço nesta segunda-feira. O vereador, que deixa o PDT, provável destino do ex-deputado federal Gustavo Fruet, será o vice-presidente municipal da legenda.

O assédio do PSD aos vereadores do PDT foi confirmado na semana passada pelos próprios vereadores e é visto como uma estratégia do grupo político do prefeito Luciano Ducci (PSB) de enfraquecer o provável novo partido de seu principal adversário. O ex-deputado estadual Luiz Carlos Martins (PDT) também foi convidado.

Apesar da confirmação de Leprevost, Hinça continua afirmando que ainda não bateu o martelo a respeito de sua transferência para o PSD. O vereador confirmou o almoço com Leprevost e a proposta para ser vice-presidente do partido em Curitiba, mas disse que, “apesar de ver uma boa possibilidade, só vou anunciar minha decisão no final da semana”, disse. “Agora estou num momento de reflexão”, desconversou. 

-Já o vereador Jairo Marcelino (PDT), que também participou do almoço, mas não havia confirmado decisão de trocar de partido, foi mais direto, nesta tarde, durante a sessão da Câmara Municipal. “Não posso me filiar a um partido que ainda não existe, mas minha decisão está tomada. Quero o crescimento do PDT e, nesse momento, ficando no partido, nós o prejudicaremos, pois ninguém mais vai querer se filiar. Estou saindo para abrir espaço aos novos candidatos”, disse, comentando, também, que sua saída seria estratégica para a construção de uma aliança pelo PDT, uma vez que, segundo ele, ficando no partido, iria afugentar possíveis aliados, pelo fato de ter sido eleito com mais de 10 mil votos, mais que o dobro do mais votado do PT, Pedro Paulo, que, por exemplo fez 4,2 mil votos.

Leprevost disse que ainda a espera a resposta de um terceiro vereador, de outro partido, para transformar o PSD na segunda maior bancada da Câmara, ao lado de PT, PSB e DEM, com três parlamentares.

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