Hermas Brandão quer documentos da denúncia de Bonaturra

O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PMDB), disse ontem que vai requerer oficialmente os documentos que comprovariam as denúncias sobre irregularidades na administração estadual, se o procurador do Estado Luiz Henrique Bonaturra não encaminhar as informações até a próxima segunda-feira, dia 4, para exame dos deputados.

Bonaturra, que fez uma longa exposição em plenário sobre o assunto na terça-feira, dia 29, prometeu enviar à Assembléia alguns documentos que explicariam as denúncias que fez em encontro do PT, realizado em Curitiba, no dia 12 deste mês. Convocado pela bancada de oposição, o procurador foi à Assembléia explicar as acusações, mas o presidente da Assembléia achou insuficientes as informações prestadas pelo procurador e pediu os documentos.

Ontem, o presidente da Assembléia disse que cometeu um erro ao abrir espaço para o depoimento do procurador. "O depoimento dele não agradou a ninguém. Eu me senti mal porque a tribuna da Assembléia Legislativa não é para ser usada para promoção pessoal. Eu cometi um erro porque deveria ter cortado no início da sessão", criticou.

Pendências

Entre os documentos requisitados pela Assembléia Legislativa está o parecer que Bonaturra informou ter feito recomendando o ingresso de uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei do governo Lerner que prorrogou os contratos para a operação das linhas de transporte intermunicipal no Estado e que serviu como mecanismo para impedir a realização de licitação. A Assembléia também espera que o procurador apresente indícios das denúncias de irregularidades nas compras da Ceasa, na renegociação de contratos entre a Copel e a Cien e de dívidas do extinto Badep e ainda da prorrogação dos contratos para serviços de dragagem no Porto de Paranaguá.

Por meio de pedidos de informações apresentados ontem, a bancada de oposição tentou compensar a insuficiência das informações prestadas pelo procurador no depoimento à Assembléia. Os deputados requereram informações ao secretário dos Transportes, Waldyr Pugliesi, e ao superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, sobre os aditivos contratuais firmados com a empresa Dragagem Bandeirantes, responsável pelo serviço. A bancada de oposição também pediu à Procuradoria Geral do Estado que informe à Assembléia Legislativa as denúncias sobre atos ilegais na administração pública que teriam sido apresentadas por procuradores.

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