Em meio ao debate sobre se houve alargamento do pedido inicial com a inclusão de delatores da Odebrecht com testemunhas, o relator da ação que pode cassar a chapa Dilma-Temer, Herman Benjamin, pediu a explicação dos ministros que querem votar antecipadamente se é válido ou não o uso de depoimentos de delatores da Odebrecht na ação que pode cassar a chapa Dilma-Temer.

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“Eu peço que eles digam: a Odebrecth podia ser investigada ou não podia? Se a resposta é sim, quais os depoimentos que poderiam ser tomados?”, disse Herman Benjamin.

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O ministro Napoleão Nunes Maia, um deles, começou a apresentar as suas razões. Ele disse que, pela lógica do relator, até mesmo as delações da JBS deveriam ser incluídas. Napoleão afirmou que delatores queriam confirmar delações que deram benefícios a eles. “É humano supor que delatores colocariam em risco informações da delação? Claro que não”, disse.

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“Tanto Odebrehct, como JBS, como todas as empresas que eu li aqui não só podem como devem ser investigadas, urgentemente, mas mediante a instauração das ações adequadas, objetivando a imposição das sanções penais e civis, ressarcimento, o que for cabível, mas não nesta ação, porque o objeto da ação ficou restrito, pelo que percebo, ao pleito de 2014, que é a reeleição da presidente Dilma”, afirmou o ministro Napoleão.

“E volto a dizer: a ação é proposta pela chapa que perdeu, o candidato que perdeu, e houve o alargamento do objeto da ação, desrespeitando, a meu ver, determinação legal de que este tipo de ação deve se encerrar dentro de um ano. Então ficaria um mandato de qualquer cidadão eleito, durante todo esse percurso, sujeito a chuvas e trovoadas. Há um prazo temporal inelástico”, disse Napoleão.