O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), decidiu nesta noite suspender o salário dos 503 servidores efetivos e comissionados que não se recadastraram conforme pedido pela administração da Casa. De acordo com a assessoria de imprensa do senador, estes servidores terão prazo de cinco dias, a partir de amanhã, para regularizarem seus cadastros. Depois disso, será aberto processo administrativo para apurar os motivos pelos quais estes servidores não participaram do censo.

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Mais cedo, Heráclito havia anunciado que o Senado suspenderia o salário de apenas 88 servidores que sequer iniciaram o processo de recadastramento. Os salários seriam bloqueados, segundo o senador, em caráter cautelar, uma vez que existe a suspeita de que estes poderiam ser funcionários “fantasmas” ou servidores já falecidos.

Outros 415 servidores começaram a responder o questionário de recadastramento, mas não concluíram o processo. Pela decisão anunciada mais cedo, estes servidores teriam mais 15 dias de prazo. Heráclito Fortes voltou atrás dessas decisões, segundo sua assessoria, para forçar os servidores a regularizarem seus cadastros “com urgência”.

A decisão de recadastrar os cerca de 6 mil servidores efetivos e comissionados do Senado foi tomada como medida moralizadora, durante a crise política iniciada com a eleição do senador José Sarney (PMDB-AP) para presidência do Casa. O processo de recadastramento foi iniciado no dia 27 de agosto e deveria terminar no dia 16 deste mês, mas foi prorrogado até a última segunda-feira, uma vez que quase mil servidores ainda não tinham preenchido o questionário dentro do prazo.

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