O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) acionou a assessoria jurídica para ingressar com ações judiciais cíveis e criminais contra os ex-dirigentes da Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, liderados por Sérgio Rosa, acusados de elaborar um dossiê contra ele. Segundo Heráclito, chegaram a quebrar o seu sigilo bancário em 2005. O senador disse que existe um plano para tentar derrotar os senadores atuantes da oposição em vários Estados. O plano, segundo ele, partiu do Palácio do Planalto. “Ninguém vai me calar”, assegurou Heráclito.

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“Os aloprados do PT não podem ficar impunes”, disse o senador, depois de conversar demoradamente com a assessoria jurídica que foi autorizada a ingressar com ações, inclusive pedindo indenização, contra os ex-dirigentes da Previ e do Banco do Brasil. Segundo o senador, eles contribuíram para a elaboração desse dossiê. A revista Veja publicou que petistas tentaram produzir o dossiê contra Heráclito Fortes, porque ele faz oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Estou com a consciência tranquila, porque tudo que eu falei é verdade. A reportagem da revista Veja só reforça a paranoia dos petistas de quererem a qualquer custo me calar no Congresso. Mas a população, e especialmente o povo do meu Estado, podem ficar tranquilos. Não devo nada a ninguém e vou continuar fazendo o meu trabalho no Senado, respeitando o meu mandato e fazendo o meu papel de senador, que é de uma oposição responsável e fiscalizadora. Ninguém vai me calar”, afirmou.

De acordo com a reportagem da Veja, Heráclito Fortes foi alvo de Sérgio Rosa, ex-presidente da Previ. Sérgio queria provar ligações íntimas de políticos da oposição, entre eles o senador Heráclito Fortes, com o ex-banqueiro Daniel Dantas. Para isso, ordenou que um assessor, o advogado Gerardo Santiago, cruzasse dados de voos feitos pelo senador com os voos em que viajou o ex-banqueiro Daniel Dantas. Nada teria sido descoberto. Apenas a coincidência de um voo do jato do banqueiro a Teresina no mesmo dia do aniversário da esposa do senador. “Eu tinha que ficar explicando a toda hora que tinha amizade era com um dos sócios do ex-banqueiro e que nunca viajei em jatinho nenhum”, disse Heráclito.

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