Agência Brasil
Meirelles disse que sua experiência de oito anos no BC no governo Lula e os 30 anos em que atuou na iniciativa privada pesaram na decisão de Dilma.

 

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O ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles anunciou nesta segunda-feira que foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). Na nova função, Meirelles irá gerenciar as obras para os Jogos Olímpicos de 2016.

Em entrevista no Palácio do Planalto, após encontro com Dilma, ele discordou que o texto da Medida Provisória que cria a Autoridade Olímpica tenha esvaziado o novo órgão. “Não há dúvidas de que o governo federal, o Estado e o município do Rio vão executar as obras. A Autoridade Pública Olímpica coordena, aprova e monitora o trabalho de todos esses órgãos. Em resumo, não houve nenhuma perda nesse sentido à medida em que houve uma reestruturação de forma diferente”, disse.

A uma pergunta sobre a decisão de Dilma de não criar mais a estatal Brasil 21, que seria vinculada ao Ministério dos Esportes e teria capacidade de executar as obras da Olimpíada, ele se limitou a dizer que a empresa não era vinculada à APO, mas à pasta dos Esportes.

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Meirelles disse que sua experiência de oito anos no BC no governo Lula e os 30 anos em que atuou na iniciativa privada pesaram na decisão de Dilma em indicá-lo para o cargo. Ele disse ainda que outro fator que influenciou a decisão foram seus contatos com investidores nacionais e estrangeiros e órgãos esportivos.

Ele disse que representantes do Comitê Olímpico Internacional chegaram a telefonar para ele para incentivá-lo a assumir o posto e lembrar que ele foi importante na escolha do Rio para ser a sede da Olimpíada. “Me ligaram e me disseram: ‘você vai ter que ser o responsável para fazer com que isso aconteça'”, contou.

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Gastos

Meirelles não quis responder a perguntas sobre os gastos que o governo terá com a realização dos jogos e sobre o regime especial de licitação para os jogos. Segundo ele, a realização dos jogos no Brasil é importante, pois mostrará a capacidade organizacional do país de montar um projeto da magnitude de uma Olimpíada. “Isso é um projeto que muda a percepção sobre o país. E a Olimpíada tem a capacidade de transformar uma cidade”, disse.

Questionado se as medidas macroprudenciais podem conter a inflação e diminuir a pressão pelo aumento da taxa Selic, Meirelles evitou responder: “Eu ainda estou no período de quarentena do Banco Central e, portanto, não posso me pronunciar sobre isso”.