Heloísa Helena lamenta fim de negociações com PV

A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, lamentou hoje a decisão da direção partidária de interromper as negociações para apoiar a candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva. Ex-senadora e hoje vereadora em Maceió, Heloísa disse que continua a torcer pela eleição de Marina e que está à disposição da candidata para contribuir na elaboração do programa de governo.

Ontem, a maioria do PSOL optou pelo lançamento de candidatura própria ao Palácio do Planalto. Heloísa defendia apoio formal a Marina, mas sem participar das alianças, por causa da opção do PV de se unir, em alguns Estados, a partidos como o PSDB.

“Quero deixar claro que todo respeito, admiração e amizade que tenho por Marina estão preservados. Ele é competente, honesta, sensível e absolutamente preparada. Torço muito para que seja eleita”, disse Heloísa. “Onde Marina entender que eu posso ajudar, com minha experiência, na construção do programa, vou contribuir, especialmente em segurança pública, saúde e educação”, ofereceu a ex-senadora.

Gota d´água

A costura de uma aliança dos verdes com o PSDB no Rio, em torno da candidatura do deputado Fernando Gabeira ao governo, foi decisiva para a interrupção das negociações do PSOL com o PV. “Infelizmente a tática eleitoral do PV no Rio acabou por obstaculizar a aliança que seria feita. Minha proposta era apoio a Marina independente de aliança com o PV e com interferência no programa de governo. Infelizmente o PSOL não entendeu dessa forma”, lamentou Heloísa.

Internamente, a principal líder do PSOL vai trabalhar pela candidatura do presidente do diretório de Goiás, Martiniano Cavalcanti, ao Palácio do Planalto. Martiniano vai disputar a indicação com o ex-deputados Babá e Plínio de Arruda Sampaio em prévia que deverá acontecer em março.

Heloísa negou a existência de uma divisão no PSOL e disse compreender a decisão do partido que preside. “Vejo com tristeza, mas acato. Nem minha candidatura à Presidência da República era consenso no partido. Existiam pessoas que queriam minha candidatura apenas pelo eleitoralismo, para ajudar nos Estados”, afirmou Heloísa Helena. Questionada se continuará no comando do PSOL, ela respondeu: “O que acontecerá com o partido o tempo dirá.”

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