| Foto: Célio Azevedo/Agência Senado |
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| Heloísa Helena: subindo. continua após a publicidade |
A última pesquisa de intenção de voto feita pelo instituto Datafolha, divulgada anteontem, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sem conseguir crescer junto aos eleitores de classe média. A boa notícia para o presidente é que seu principal adversário na disputa, o tucano Geraldo Alckmin, perdeu terreno na disputa pelo voto dessa camada.
Em contrapartida,a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) conquistou mais votos nessa classe de eleitores. Em relação a pesquisa feita nos dias 28 e 29 de junho, Lula caiu de 37% para 35% entre os eleitores que estão na faixa com renda familiar mensal entre cinco salários mínimos até dez salários mínimos (R$ 1.750 a R$ 3,5 mil mensais). E caiu de 34% para 31% entre aqueles que têm renda familiar superior a dez mínimos (acima de R$ 3,5 mil mensais).
Alckmin caiu de 40% para 35% na faixa entre 5 e 10 salários e se manteve com 40% entre os que têm renda familiar mensal acima de 10 salários. Heloísa Helena ainda tem números bem inferiores a Alckmin e Lula nessa faixa de eleitor. Mas melhorou bem. Pulou de 9% para 15% entre 5 e 10 salários e cresceu de 12% para 14% na camada acima de 10 salários.
Na prática, a senadora alagoana teve seu crescimento mais expressivo na pesquisa justamente na faixa entre 5 e 10 salários, onde tanto Lula como Alckmin perderam pontos. Ganhou 6 pontos percentuais enquanto Alckmin perdeu cinco pontos e Lula perdeu dois. Esse tipo de eleitor representa a classe média baixa.
Heloísa também cresceu entre os eleitores mais abastados, com renda superior a dez mínimos, aumentando dois pontos percentuais. Mas esse crescimento não provocou perda de terreno para Alckmin, que se manteve com o mesmo número da pesquisa anterior. Já Lula perdeu três pontos nessa faixa.
A perda do voto da classe média tem preocupado os principais dirigentes da campanha petista. Para reverter esse problema, Lula tem procurado anunciar medidas que beneficiem diretamente esse grupo, como a redução de tarifas telefônicas e o veto ao projeto que estabelecia a exigência de recolhimento de FGTS para empregados domésticos. Até agora, porém, o presidente não tem evitado que Alckmin vá melhor entre esses eleitores, segundo as pesquisas de intenção de voto.
Enquanto isso, o candidato da coligação PSDB/PFL à presidência da República, Geraldo Alckmin, comentou que as pesquisas de intenções de votos mostram claramente que haverá segundo turno nas eleições presidenciais deste ano. Ele avaliou que o eleitor recebe bem a mensagem que está sendo transmitida. Para o tucano, o crescimento da candidatura da senadora Heloísa Helena facilita um segundo turno.