Caso o dono da Havan, Luciano Hang, continue pedindo que seus funcionários votem em Jair Bolsonaro (PSL) – ou em qualquer outro candidato -, a empresa pode ter que pagar multa de R$ 500 mil. Esta é a decisão do juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, que atendeu a um pedido de medida cautelar do Ministério Público do Trabalho (MPT) e proibiu que o empresário Luciano Hang adote condutas capazes de influenciar os votos de seus funcionários.
Após a viralização de um vídeo na internet, no qual Hang ameaça deixar o país – e, consequentemente, demitir seus 15 mil funcionários – caso Bolsonaro não ganhe a eleição à Presidência, o empresário foi acusado pelo MPT de constranger seus 15 mil funcionários em dois “atos cívicos” em diferentes lojas de Santa Catarina registrados em vídeo.
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O magistrado entendeu que o “tom da fala do réu aponta no sentido de uma conduta flagrantemente amedrontadora de seus empregados, impositiva de suas ideias quanto a pessoa do candidato que eles deveriam apoiar e eleger”.
Pereira de Castro determinou ainda que a rede Havan deverá divulgar em todas as suas lojas no país o inteiro teor de sua decisão, de modo a deixar claro a seus funcionários que eles têm o direito de livre escolha na hora do voto. A decisão deverá também ser publicada no Facebook e no Twitter oficial da empresa até esta sexta-feira (5), ordenou o juiz.
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Segundo a assessoria de imprensa da Havan, o empresário Luciano Hang ainda não foi notificado da decisão judicial, e deverá se manifestar sobre o caso em momento oportuno.
Na terça-feira (2), o MPT divulgou nota em que alerta empresas a não coagir ou direcionar os votos de seus funcionários.
Chefes não podem impor, coagir ou direcionar escolhas políticas de funcionários, diz MP