O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, disse na tarde desta terça-feira, 8, no Rio, que as investigações dos contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore e do suposto recebimento de propina por funcionários da estatal deve levar 60 dias (30 iniciais mais prorrogação). “O timing da investigação dos órgãos públicos não é o mesmo da imprensa. Temos de respeitar o direito à ampla defesa.”
A investigação começou na semana passada e aprofundará a sindicância interna da Petrobras, que durou 45 dias e concluiu não ter havido recebimento de propina. A CGU vai apurar não apenas a conduta dos empregados, de integrantes e ex-integrantes da direção da estatal, mas também a SBM e seus representantes no Brasil. Funcionários serão chamados a prestar informações.
“Vamos chegar às chamadas intermediárias às quais a SBM diz que pagou. O que não significa que daí tenha saído suborno a funcionários da Petrobras”, disse Hage, que garantiu dizendo que o caso não acabará impune. “Não tenham receio, isso não vai acontecer.”