Na reta final para o primeiro turno, o presidenciável Fernando Haddad (PT) começa a semana recebendo instruções do ex-presidente Lula, preso na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde abril deste ano. É a 15ª vez que o ex-prefeito de São Paulo vem a Curitiba (PR) para conversar com o líder petista, a quarta como candidato do partido à Presidência da República.
Haddad tem por hábito visitar Lula na cadeia toda segunda-feira. Nesta segunda (1º), ele tem um encontro com o ex-presidente pela manhã. O candidato chegou à PF por volta das 10h35 da manhã e foi recebido por manifestantes petistas e políticos do partido, como Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Mirian Gonçalves, candidata à senadora pelo Paraná. Haddad vestiu um colete vermelho e um cocar a pedido de uma militante indígena, como forma de assumir compromisso com a causa, antes de entrar para fazer a vista.
À tarde, segue para uma caminhada com apoiadores pelo calçadão rua XV de Novembro. A concentração para o ato foi marcada para às 11h, na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, mas o início foi postergado, já que o candidato chegou somente no fim da manhã para conversar com Lula.
Haddad firmará, ainda, compromissos com as lideranças dos sindicatos de trabalhadores do Paraná. O evento foi organizado pela Força Paraná e faz parte do projeto “Eleições 2018: o Brasil tem jeito”, que também já teve a presença do candidato a presidente Ciro Gomes (PDT).
O ato marcado para esta segunda é a primeira agenda de rua do candidato do PT em Curitiba, após sua candidatura ter sido protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em agosto, ele participou de um evento no centro de Curitiba, mas ainda como porta-voz do ex-presidente Lula. Depois, teve encontros com Lula na cadeira, mas não participou de eventos de rua.
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Ordem: atacar Bolsonaro
Conforme apurou a Gazeta do Povo com mais de 15 pessoas que atuam, internamente ou regionalmente, na campanha do PT ao Planalto, Lula ordenou que Haddad comece a brigar com Jair Bolsonaro (PSL) já nesta semana.
A estratégia seria adotada somente no segundo turno, mas foi antecipada pela rapidez na transferência de votos e pela certeza, na visão de Lula, de que o partido estará no segundo turno. A orientação teria sido dada a Haddad na segunda-feira (24) passada, quando ele também esteve em Curitiba conversando com o ex-presidente.
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Até semana anterior ao dia 24 de setembro, a avaliação era que esse embate com Bolsonaro poderia ser deixado para os demais adversários e adotado apenas no segundo turno. O ex-presidente também mudou de ideia ao tomar conhecimento de pesquisas internas que demonstram migração de votos em áreas tradicionais do PT, como periferias do Rio e São Paulo, para o Bolsonaro.
Ao atacar Bolsonaro, a campanha do PT também vai aproveitar para surfar na onda das manifestações contra o candidato do PSL. O fim de semana foi marcado por atos em todo o Brasil organizados por mulheres contra o capitão da reserva. Por outro lado, apoiadores de Bolsonaro reagiram rápido e foram para a rua mostrar apoio ao deputado.
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