Na semana em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), decidiu usar um lema de Lula para apostar nos últimos 15 dias de campanha antes do primeiro turno.

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Em reunião na manhã deste sábado no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, o público recebeu o petista com o grito “Haddad de novo com a força do povo”, mesmo lema usado por Lula quando concorreu à reeleição para a Presidência da República, em 2006, e adotado por Haddad em seus programas eleitorais no rádio e na TV a partir da última semana.

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Haddad afirmou que o horário eleitoral destinado a ele no rádio e na TV estará disponível para defender o ex-presidente. Na sexta-feira, a executiva nacional da legenda orientou os candidatos nas capitais e demais cidades com segundo turno a usarem o tempo contra o que o partido chama de “perseguição política e judicial” contra Lula. “O horário está disponível para o PT como o PT achar melhor usar”, disse Haddad.

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Em seu discurso, ele concentrou ataques aos adversários Marta Suplicy (PMDB), Celso Russomanno (PRB) e João Doria (PSDB), candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto. O petista chamou os eleitores a usarem os últimos dias de campanha antes do primeiro turno para convenceram as pessoas a votar nele.

“Russomanno, Doria e Marta estão no mesmo campo, inclusive com propostas inconstitucionais, como essa que limita o gastos sociais por 20 anos”, disse Haddad, em referência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada pelo governo de Michel Temer ao Congresso Nacional.

Direcionando os ataques à ex-colega de partido, a campanha de Haddad produziu um adesivo com as frases “Fora Temer, Fora Marta, Fica Haddad”, que estava sendo usado por simpatizantes. “A Marta já declarou que vai votar a favor dessa proposta (da PEC dos gastos). Vindo de onde ela vem, é uma contradição enorme com a trajetória dela”, afirmou.

Os ataques deverão ficar ainda mais marcados no debate realizado pelo Grupo Estado e pela TV Gazeta neste domingo, segundo o próprio candidato. “Cada debate vai ser melhor que o anterior, as propostas vão ficando mais claras e é natural que se explore melhor o programa dos adversários”, afirmou.

Na reunião deste sábado, um grupo de funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS) lançou em manifesto de apoio à reeleição de Haddad. O secretário de Saúde da capital e ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, Alexandre Padilha, também criticou o governo de Michel Temer por tirar recursos da Saúde através da proposta de um teto no crescimento nos gastos públicos. E ainda disse que o “governo golpista” é apoiado pelos candidatos Marta Russomanno e Doria.