Menos comedido que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acompanhou na visita à região da Zona da Mata mineira, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reagiu hoje às recentes críticas do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que usou o Twitter para criticar o “vexame” do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os problemas verificados no portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

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Por meio da rede de microblogs, o candidato do PSDB na última eleição presidencial atacou os mais recentes problemas relacionados ao Ministério comandado por Haddad, que geraram novos desgastes para o ministro. “Depois do vexame do ENEM, agora deu pau no SISU. Por que não criam um vestibular para entrar no Min. da Educação?”, escreveu o tucano, durante uma troca de farpas com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

 

Haddad não escondeu a irritação: “Ele tem de responder pela administração dele. Para falar a verdade não acompanho o Twitter do Serra”, rebateu o ministro. “Acho pequeno a pessoa que pretendeu governar o País se aliar ao que tem de menor para fazer uma crítica desse tipo”, disse o ministro. “Está havendo enchente em São Paulo, as pessoas estão morrendo na zona leste há anos. Acho muito mais grave isso. Acho que os jornalistas deveriam perguntar isso para o Serra”, acrescentou.

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Durante a campanha para a Presidência, o candidato tucano defendeu a remodelação do Enem. Para o ministro, contudo, há muita “histeria” na discussão. Ele reiterou a defesa do exame como melhor opção ao vestibular.

“Agora, se teve falhas pontuais que podem ser superadas, você vai abdicar de um projeto transformador em função da histeria promovida por algumas pessoas com interesse político nisso? Eu acho realmente uma pena que algumas pessoas tenham se dedicado tanto, tanto esforço para promover histeria ao invés de compreender a envergadura do projeto que está em curso.”

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Com a ajuda da influência direta de Lula, Haddad foi mantido no cargo pela presidente Dilma Rousseff. Na sexta-feira, o ex-presidente disse que Dilma tomou uma “decisão extraordinária” em relação à pasta da Educação. Para o ministro, as resistências ao seu nome são normais. “Estou há sete anos no Ministério da Educação, qual o ministro que ficou sete anos no Ministério da Educação? É muito tempo mesmo. Você compra muita briga, você enfrenta desafios, tudo mais.”