Enquanto os tucanos “empurram com a barriga” a pré-candidatura do ex-deputado federal Gustavo Fruet à prefeitura de Curitiba, nas eleições do próximo ano, outros partidos estão abrindo as portas para ele.
O PMDB foi o primeiro a chamar Gustavo, já no ano passado. Agora, foi a vez do PDT, por meio do seu presidente nacional e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que fez um convite ao tucano para ingressar no partido.
Peemedebistas e pedetistas acompanham de perto a evolução da situação de Gustavo Fruet no PSDB, que está enredado numa discussão sobre a viabilidade da candidatura própria e a promessa de apoio feita pelo governador Beto Richa à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB).
Se o PSDB vacilar, tanto pedetistas como peemedebistas têm disposição de receber Gustavo, tido nos dois partidos como o nome que poderia representá-los na disputa municipal de 2012.
No final do ano passado, o PMDB começou a cortejar Gustavo, que deixou o partido em 2004, após ser preterido como candidato a prefeito em favor de uma aliança em torno da candidatura do deputado federal petista Ângelo Vanhoni.
Mas as conversas esbarraram na resistência do senador Roberto Requião a Gustavo. Atualmente, entretanto, setores do PMDB começaram a enfrentar Requião e uma ala acha que está na hora de reestruturar a legenda no Estado e, principalmente em Curitiba.
No PDT, Gustavo também conversou informalmente com o ex-senador Osmar Dias, depois do convite de Lupi. Declarando-se em “férias políticas”, o pedetista apenas comentou que foi um encontro casual, realizado em janeiro, em Curitiba. Segundo Osmar, “em nenhum momento”, o tucano manifestou qualquer desejo de deixar o PSDB.
No PMDB, a vontade de “resgatar” Gustavo é assumida por boa parte do partido. “Ele seria bem vindo no PMDB”, disse o atual líder do partido na Assembleia Legislativa, Caito Quintana.
Para o peemedebista, o partido está precisando mesmo de um fator de motivação. “O retorno dele ao partido poderia ser essa motivação”, afirmou Quintana, acrescentando que, na bancada estadual, o clima é “altamente favorável” à volta de Gustavo..
Quintana acha que as posições do partido devem ser discutidas em conjunto com todas as forças internas. “Acho que o partido não vai mais aceitar imposições. O PMDB não precisa de caciques. Nós precisamos é de pajé para curar as feridas dos companheiros”, citou.