Guimarães diz que defesa de afastamento de Cunha não é posição do governo

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda, 20, que a defesa do afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é compartilhada pelo governo.

Na última sexta-feira, 17, o vice-líder do governo na Casa, deputado Sílvio Costa (PSC-PE), anunciou a jornalistas o pedido de afastamento temporário de Cunha “pela tranquilidade do Parlamento”. Segundo Costa, Cunha não tem condições morais de permanecer no comando da Casa depois que o lobista Julio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Justiça Federal que o suposto operador do PMDB no esquema de corrupção Fernando Baiano disse que estava sendo pressionado por Cunha para pagamento de US$ 5 milhões em propina. Em tom mais brando que o colega e pregando harmonia entre os poderes, Guimarães afirmou nesta segunda-feira, 20, que “essa não é a posição do governo”.

Dizendo-se alvo do Palácio do Planalto, Cunha anunciou rompimento com o governo Dilma Rousseff. “Vamos começar o segundo semestre estendendo a bandeira da paz”, afirmou Guimarães, ressaltando que Cunha é presidente da Câmara e, como tal, será procurado pelo governo na hora certa.

Ainda na sexta, o peemedebista autorizou a abertura de CPI para investigar contratos do BNDES. Sobre a decisão, Guimarães afirmou que a CPI é um instrumento do Congresso que será tratado com naturalidade. “Vamos enfrentar a CPI com transparência, sem uso político”, disse.

O líder do governo na Câmara ainda rebateu Cunha, que afirmou haver “um bando de aloprados” no Palácio do Planalto. “Se tivesse, não estavam lá”, afirmou Guimarães.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna