Grupos ideologicamente opostos se mobilizaram nesta segunda-feira, 9, para ocupar parte da Avenida Paulista, em São Paulo. As manifestações ocorrem no mesmo dia em que saiu a decisão do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular sessões do impeachment na Casa.

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Por volta das 18h, o sentido Consolação da avenida estava fechado. Não havia registro de confrontos, e os grupos se comprometeram a manter uma distância democrática para evitar qualquer contato físico que termine em confusão. Próximo à Alameda Casa Branca, havia um cordão de isolamento com 30 policiais. Na Avenida Paulista, estavam outros 30 policiais.

A Polícia Militar isolou os grupos de manifestantes. O tenente coronel André Luiz afirmou que “o papel da polícia hoje será o de garantir o direito de manifestação”.

Entidades.

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No vão livre do Masp, estão os apoiadores da presidente Dilma Rousseff. A manifestação pró-governo foi organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras entidades estudantis.

“Assim que o fato novo aconteceu, nós tentamos nos mobilizar no Brasil inteiro. A cada novo desdobramento, precisamos reagir nas ruas. Se existe uma esperança de vencer esse golpe, essa esperança nasce a partir das ruas”, diz a diretora da UNE, Marianna Dias.

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Poucos metros de distância, já na frente da Fiesp, concentram-se os apoiadores do impeachment. Um pouco mais espaçosos, chegaram a ocupar três faixas da paulista no sentido Paraíso. Capitaneados pelo grupo Nas Ruas, os manifestantes se dizem guardiões do processo de afastamento da presidente.

“Hoje estamos fazendo um flash mob. Estamos aqui para mostrar que nada, nenhuma artimanha pode parar o processo democrático do impeachment”, diz o diretor do Nas Ruas, Patrick Folena.