Grupos de oposição ao presidente em exercício, Michel Temer, começam a organizar atos e ações contra o novo governo. Manifestações estão marcadas para esta sexta-feira, 13, e para o fim de semana em Brasília e no Rio de Janeiro. Além disso, um abaixo-assinado promovido na plataforma virtual de petições Avaaz pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a nomeação dos ministros de Temer que são alvo da Operação Lava Jato. Romero Jucá (RR), que assume o Planejamento; o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que volta ao comando do Turismo; e o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (BA), que assumirá a Secretaria de Governo estão sob a lupa da operação. Até às 14h30 a petição tinha quase 85 mil assinaturas.
Os organizadores da petição explicam que assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a posse suspensa como ministro da Casa Civil “em decorrência de seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato”, alguns ministros de Temer estariam na mesma situação. “Razão pela qual deve o Supremo se manifestar sobre a legitimidade destes para a posse nos cargos públicos e obtenção ou manutenção de foro privilegiado”, disse o grupo na explicação sobre o porque da petição.
Nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, deve ocorrer uma manifestação na Cinelândia organizada pelos grupos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular Rio de Janeiro. Até o momento, cerca de 19 mil pessoas confirmaram presença no evento criado na rede social Facebook para chamar os manifestantes. Além deles, outros 33 mil marcaram interesse pelo protesto.
Em Brasília, está programada uma manifestação para o domingo, 15, às 10h, em frente ao Palácio do Planalto. Também por meio do Facebook, 10 mil pessoas informaram que irão comparecer e 28 mil disseram ter interesse no evento.