As primeiras grandes manifestações de junho de 2013 foram convocadas pelo Movimento Passe Livre, um grupo formado majoritariamente por estudantes universitários de esquerda.

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Em pouco tempo, os protestos cresceram com adesões espontâneas oriundas de uma corrente de insatisfação generalizada pelas redes sociais. Com bandeiras difusas e vagas – e sem orientação ideológica -, milhares de pessoas foram às ruas em todo o País e derrubaram os índices de popularidade da classe política.

A onda que parecia grande quebrou antes das eleições, mas começou a se formar novamente no 2º turno da sucessão presidencial de 2014. Desta vez, porém, o “contra tudo que está aí” foi substituído pelo antipetismo. E pela primeira vez em sua história o PSDB colocou milhares de pessoas nas ruas em defesa da candidatura de Aécio Neves (PSDB).

Foi logo depois do 2º turno, com a vitória da presidente Dilma Rousseff sobre Aécio numa eleição apertada, que as primeiras organizações virtuais antipetistas começaram a ganhar status. Nas duas manifestações do ano passado depois do 2º turno, eram apenas três os grupos que comandavam os atos com carros de som: Vem pra Rua, Brasil Livre e Revoltados On Line; um quarto grupo defendia a intervenção militar.

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Agora, já são pelo menos 20 grupos diferentes, entre eles um chamado “Onda Azul”, que é diretamente ligado ao PSDB. Entre outros estão Acorda Brasil, Brasil Melhor e Quero me Defender. O foco atual desses grupos é realizar um grande ato de rua para o dia 15 de março.

Líder do Vem pra Rua, um dos principais movimentos de oposição, Rogério Chequer diz que o movimento tem dialogado com outros grupos como Brasil Livre, Revoltados On Line e Quero me Defender. “Os outros são muito pequenos e o Onda Azul é do PSDB”, diz. Chequer afirma que não há, porém, uma agenda conjunta predefinida. “Podemos fazer muitas coisas juntas, mas não há nada definido”, diz. “Conversamos com todos os grupos como conversamos com todos os partidos. Quase todos.” Ele afirma que outros grupos já existiam antes de junho de 2013, mas não iam para a rua, como o Quero me Defender, que “tem grande representação na rede, com trabalho de conscientização política”.

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Apesar de minimizar a agenda conjunta, o líder do Vem Pra Rua diz que o panelaço deste domingo nasceu a partir do diálogo entre esses grupos. “Fizemos uma ação motivando os grupos a organizar o panelaço. Aqui no Itaim-Bibi (bairro de classe média alta) o barulho vinha de todos os lados”, relata Chequer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.