O Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou neste domingo, 19, por meio de nota que irá investigar as informações publicadas na imprensa sobre suposta realização de pagamentos pela companhia ao criminalista Márcio Thomaz Bastos. Reportagem da revista Época afirma que a varejista teria feito repasses em dinheiro para o advogado e que os valores mais tarde foram entregues ao ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, um dos investigados na operação Lava Jato da Polícia Federal.

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O GPA afirmou na nota que seu Conselho de Administração se reuniu hoje e deliberou por unanimidade solicitar ao Comitê de Auditoria que dê início a uma investigação sobre “a suposta existência e a origem dos pagamentos realizados; caso se verifique que ocorreram, os serviços que a eles corresponderam, e a cadeia de aprovações de tais pagamentos”.

A companhia afirma que, até a publicação da reportagem, o Conselho de Administração não tinha informação sobre a existência dos pagamentos nela referidos. A empresa destaca que as informações da revista dão conta de que tais pagamentos ocorreram antes da aquisição do controle da Companhia pelo Grupo Casino, ocorrida em julho de 2012.

De acordo com a reportagem da revista, os pagamentos teriam sido feitos pelo GPA depois da vitória da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e da indicação de Palocci à Casa Civil. A revista afirma que os pagamentos existiram para que Palocci ajudasse na fusão entre o grupo, então controlado pelo empresário Abílio Diniz, com as Casas Bahia.

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A nota do GPA diz ainda que, uma vez encerrada a análise dos fatos, a companhia voltará a informar ao mercado e, se for o caso, às autoridades.