A bem-sucedida movimentação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que culminou na nomeação do tucano Geraldo Alckmin para o seu secretariado, causou reação imediata no PSDB mineiro. Aliados do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, insistiram nesta quinta-feira (22) na realização de prévias para a escolha do candidato tucano à Presidência em 2010. E, em conversas reservadas, o próprio governador mineiro comentou que espera não ser “atropelado” pelos paulistas no processo de escolha.
“(O convite de Serra a Alckmin) foi uma movimentação importante para estabelecer a união tendo em vista 2010. Mas isso não significa que haja um vitorioso. Precisamos das prévias para fazer uma disputa leal, que oxigene o partido. Não vamos aceitar acordo de cúpula”, disse o deputado Narcio Rodrigues, da tropa de choque de Aécio no Congresso, em referência às últimas eleições presidenciais, quando a definição dos candidatos ficou concentrada na cúpula paulista.
Aécio almoçou com o presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE), a quem manifestou a vontade de percorrer o País para trabalhar pela sua candidatura. Após o encontro, Guerra tentou minimizar o mal-estar no partido. “Não há confronto, 90% disso é fantasia”, disse. “Temos convicção de que podemos ganhar a eleição com Aécio ou com Serra.” Ele pregou a união partidária e completou: “Não tem PSDB forte sem Aécio Neves”.