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Greenfield avança e aponta rombo de R$ 54 bilhões em fundos de pensão

A Força-Tarefa da Operação Greenfield enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) prestação de contas das atividades realizadas pela equipe, entre agosto de 2018 e julho de 2019. No relatório, os procuradores esclareceram que, desde o último balanço – encaminhado no ano passado – a força-tarefa registrou incremento de quase 50% em metas a serem cumpridas em seu plano de ação.

As investigações conduzidas pela Greenfield envolvem, em sua maioria, fraudes praticadas contra fundos de pensão. “Somente em relação aos três maiores fundos de pensão do Brasil, o trabalho da força-tarefa Greenfield impacta diretamente na qualidade de vida de 1.247.914 pessoas que foram vítimas de crimes, sem contar os participantes de outros fundos de pensão”, assinalam os procuradores no relatório enviado à Procuradoria-Geral.

Segundo eles, a repercussão social das irregularidades investigadas “alcança inclusive os mais de 93 milhões de trabalhadores com recursos depositados no FGTS”. A última atualização sobre os potenciais prejuízos a serem identificados revela um rombo total de R$ 54 bilhões.

Além da Operação Greenfield, a força-tarefa é responsável pelas operações Sépsis e ‘Cui Bono?’, Conclave, Tesouro Perdido, Patmos e Circus Maximus. Conduz ainda três denúncias apresentadas contra o ex-presidente Michel Temer.

O aumento da ofensiva, segundo o documento, é decorrente de novos casos de atribuição da força-tarefa, bem como de delações premiadas e outras investigações, destacam os procuradores da Greenfield.

Os investigadores defendem a necessidade de receber novos membros com dedicação exclusiva no grupo, já que, somente na Operação Greenfield, há quase R$ 1 trilhão em movimentações financeiras para serem analisadas, bem como dados de 145 investigados .

Ao longo do documento, os procuradores demonstram a apresentação de mais de 20 novas ações – sejam penais ou de improbidade – durante o período. A produtividade foi maior que no ano anterior, informou a Assessoria de Comunicação da Procuradoria.

A peça cita o já garantido ressarcimento de, aproximadamente, R$ 11,6 bilhões ao Erário, aos fundos de pensão e às vítimas dos crimes. Destaca ainda “melhorias de gestão e controle dos fundos de pensão e da Caixa Econômica”.

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