Grazziotin rebate crítica de que não defendeu Amazonas

Três semanas depois de ter sido alvo da ironia de colegas da oposição, que cobraram uma reação dos senadores do Estado do Amazonas contra a Medida Provisória (MP) 517 – apelidada de “MP Frankenstein” -, que estendeu a outros Estados benefícios da Zona Franca, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) resolveu reagir.

Irritada, em tom de ameaça e da tribuna do plenário, ela acusou o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), de desrespeitá-la, ao dizer na entrevista que concedeu, em Manaus, que considera “vergonhoso que a bancada amazonense não tenha uma voz opositora no governo para defender os interesses do Estado”.

“Foi muito mais do que um gesto deselegante. Foi uma manifestação desrespeitosa. O senhor deveria procurar o jornal (a que deu a entrevista) e dizer que não foi exatamente isso o que Vossa Excelência quis dizer”, afirmou Grazziotin.

Em resposta, Demóstenes afirmou que mantinha o que disse. “Repito aqui que os senhores votaram contra os interesses do Amazonas, que venham os senadores do Amazonas defender o seu Estado”, afirmou. “Não chancelaram os interesses do Estado porque fazem o que o Palácio do Planalto quer”, acusou.

O líder lembrou que, no decorrer da votação da MP, o senador Mário Couto (PSDB-PA) chegou a pedir a presença dos representantes do Estado, mas ninguém apareceu. Ao que ele se pôs a gritar da tribuna: “Que saudades do senador Arthur Virgílio, que saudades. O Amazonas não tem mais senadores”, disse, referindo-se ao ex-líder do PSDB, que perdeu a eleição para Grazziotin.

A senadora recebeu um único aparte, do colega João Pedro (PT-AM), suplente do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que defendeu “a vontade da população do Amazonas que escolheu legitimamente, pelo voto, os representantes do Estado”.

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