Grampo dá indenização de US$ 22 mil para sem-terra

O governo federal vai pagar 22 mil dólares de indenização a cada um dos cinco integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que tiveram seus telefones grampeados pela Polícia Militar (PM) do Paraná em 1999. O decreto autorizando o pagamento foi assinado na terça-feira pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão não coube ao presidente. O decreto cumpre uma sentença expedida no ano passado pela Corte Interamericana dos Direitos Humanos, à qual os representantes legais dos sem-terra recorreram. Segundo o tribunal, eles foram vítimas de violações de direitos humanos.

Em maio de 1999, a PM do Paraná, escudada por uma autorização judicial, grampeou as linhas telefônicas de cooperativas de trabalhadores ligados ao MST. Mais tarde, parte do material da escuta, que durou 49 dias, foi distribuído à imprensa e reproduzido em jornais. De acordo com os trechos divulgados, os cooperados estariam planejando atentados em Loanda, a cidade do Paraná onde foi dada a autorização para o grampo.

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