Desde a sexta-feira passada, o Palácio do Planalto está com a sua frente protegida por novas grades, agora estilizadas com colunas do Palácio da Alvorada – à la Oscar Niemeyer – desenhadas ao seu centro. A compra das grades foi feita pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), ao custo de R$ 37, 6 mil. O GSI diz que as grades “serão utilizadas quando a situação de segurança recomendar ou com a finalidade de melhor organizar eventos”.

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Grades alugadas já vinham sendo usadas no Planalto desde os primeiros protestos pelo País, realizados em junho. O GSI diz que as novas grades estilizadas, apesar de permanecerem lá, são “amovíveis (removíveis), portanto não definitivas”.

“Brasília foi criada quando se respeitava as liberdades e a democracia. Se vier o furor das grades, será inaceitável”, criticou o ex-superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Alfredo Gastau. Ele esteve por mais de oito anos à frente do órgão. Gastau considera “um absurdo” a colocação de grades permanentes na Praça dos Três Poderes, em frente ao Planalto, como pode ser visto hoje. A direção atual do Iphan não quis fazer comentários sobre a decisão do governo ao qual pertence.

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Antes de colocar as grades estilizadas na frente do Planalto, o GSI chamava uma empresa que trabalha no setor a cada anúncio de manifestação nas proximidades da Praça dos Três Poderes. Há dez dias, quando as manifestações aumentaram, o governo chegou a pôr duas fileiras de grades na frente do Planalto.

As grades anteriores, de acordo com o GSI, eram alugadas, ao preço de R$ 136,23 o módulo de 50 metros lineares instalado, por dia, “usado em eventos presidenciais e na segurança de instalações” do Planalto.

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As novas grades do Planalto são iguais às já colocadas no Palácio da Alvorada há cinco anos. O GSI explicou que usou o mesmo símbolo nas grades do Planalto que as do Alvorada “por uma questão de padronização”. No início, a justificativa do governo era que as grades na frente da residência oficial da Presidência eram apenas em caráter preventivo e que não seriam permanentes. Mas elas acabaram ficando por lá definitivamente. E hoje, até os carros oficiais têm de fazer zigue-zague quando passam pelo portão principal do Palácio da Alvorada.

O Supremo Tribunal Federal tem seguido o Planalto e também tem colocado grades em frente ao seu prédio. Nas recentes manifestações, as grades ficaram montadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.