Os aliados do governo não conseguiram garantir os 33 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que suspendia incentivos fiscais para as empresas que fizessem demissão em massa de funcionários. Por 32 a 9, a PEC foi rejeitada. Para aprovar uma emenda à Constituição Estadual, é necessário quórum qualificado ou maioria absoluta do plenário.
Foi a primeira derrota do governo este ano na Assembleia Legislativa. O projeto assinado por um grupo de deputados aliados ao governo, somente poderá ser reapresentado no próximo ano.
O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), foi surpreendido pelo resultado da votação. Mas principalmente pela saída do plenário de dois peemedebistas, Mauro Moraes e Edson Strapasson, além de um aliado, o Dr. Batista (PMN). Strapasson se posicionou favoravel à matéria no processo de discussão, mas na hora da votação, não estava em plenário.
Os nove votos da oposição já eram esperados. Valdir Rossoni (PSDB), Luiz Carlos Martins (PDT), Douglas Fabrício (PPS), Reni Pereira (PSB), Plauto Miró Guimarães (DEM), Ademar Traiano (PSDB), Fernando Scanavaca (PDT), Durval Amaral (DEM) e Marcelo Rangel (PPS)se posicionaram contra a PEC.
O líder do DEM, deputado Plauto Miró Guimarães, justificou a posição do grupo. “Este é um tema da maior relevância para a população e requer uma ação rápida e eficaz, mas esta PEC, como estava proposta, não ajuda a economia paranaense a crescer e nem garante a geração de empregos”, argumentou. Para Plauto, o governo deveria adotar outras medidas, como a redução de impostos para preservar as vagas no mercado de trabalho.